sábado, 17 de agosto de 2013

O que deixa os treinamentos ineficazes

Treinar/capacitar as pessoas é um investimento que precisa bem gerenciado. Um contexto de treinamento somente amadurece se seu método está atualizado e se a avaliação deste treinamento é feita de forma profissional, técnica e imparcial, caso contrário os resultados finais são muito pequenos, imperceptíveis, insignificantes. 

Também não basta avaliar, ao final de um treinamento, somente a reação dos treinandos, precisamos ter em foco os objetivos globais e específicos previamente estabelecidos e gerar indicadores se houve uma melhora ou não.

Tais indicadores, em geral, podem ser estabelecidos com base na Finalidade, Visão, Valores, Planejamento e Metas. Os treinamentos devem assim produzir mudanças nos resultados das atividades fim e também no comportamento dos envolvidos e a avaliação da eficácia é o resultado da diferença entre dois momentos, de preferência mensuráveis (o antes e o depois). 

DONALD KIRKPATRICK um estudioso de métodos científicos de avaliação cita uma metodologia bem famosa que é a avaliação de resultados em 4 níveis:
1. Reação – programa, carga horária, instrutores e recursos: se os participantes não se mostrarem satisfeitos com o treinamento neste nível de avaliação todo o restante do programa será comprometido; 
2. Aprendizagem - o que os participantes aprenderam; 
3. Mudança de comportamento - o que e como o treinando refletiu na prática depois do conteúdo; 
4. Resultados - se a aplicação do conteúdo foi capaz de causar reais impactos favoráveis nos resultados de desempenho. 

Se não identificamos os resultados e os comparamos com os objetivos iniciais não realizamos um treinamento que signifique aprimoramento, trata-se então de apenas uma repetição de atividade solta no ar, inútil, sem objetivos concretos.

Toda essa reflexão é fundamental nos treinamentos em karatê em qualquer de suas instâncias, treinamentos técnicos de shiai kumitê ou kata (tanto marcial quanto desportivo), administração de eventos e academias, arbitragem, formação técnica para instrutores, técnicos, dirigentes, etc, etc.

Por enquanto, no Brasil, toda essa atividade inexiste, o que se vê é apenas empirismo, ou algumas vezes... nem isso.

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