Jean-Pierre Fischer, Expert Federal - 8o. Dan, é membro da Comissão Nacional para Outorga de Graus na França bem como expoente da JKA naquele país. Atualmente é também técnico nacional de Kata de Luxemburgo (país vizinho à França). Tivemos novamente a grata oportunidade de nos reunirmos num almoço muito agradável para uma conversa muito produtiva sobre as atuais formas de avaliação, conteúdos, escala de graus e também aspectos técnicos do seu trabalho mais recente junto à Seleção de Kata de Luxemburgo.
Na França, para outorga de um "dan" intermediário como 4o. ou 5o., o praticante precisa cumprir uma severa jornada de atividades "além-treino". São imprescindíveis as participações nos cursos de formação/reciclagem e entre outras exigências são necessárias mais de 2000 horas entre aulas e cursos ministrados durante os interstícios, tudo devidamente comprovado, lembrando que já nestas graduações o praticante precisa dominar boa parte dos conteúdos dos demais estilos oficiais.
A partir do 6o. dan o candidato sempre tem que abordar um tema de livre escolha sobre o Karatê, desenvolvê-lo em torno de 50 laudas e apresentá-lo para 10 avaliadores, 4 da FFKDA, 1 da Região do Candidato e 5 integrantes do Ministério do Esporte.
A partir do 6o. dan o candidato sempre tem que abordar um tema de livre escolha sobre o Karatê, desenvolvê-lo em torno de 50 laudas e apresentá-lo para 10 avaliadores, 4 da FFKDA, 1 da Região do Candidato e 5 integrantes do Ministério do Esporte.
Para as graduações avançadas tudo isso dobra em grau de dificuldade culminando com as exigências mínimas para angariação dos graus superiores (acima de 7o.) que exigem do praticante um conhecimento amplo de todos os estilos. Na França existe uma banca de examinação para graduações até 8o. dan e, para essa graduação por exemplo, não há conteúdo específico, trata-se de uma apresentação completa de tudo dos 4 estilos oficiais, com ênfase nos bunkais e kumitês.
Diante disso, para homologação/reconhecimento e angariação de graduações há muitos pré-requisitos, uma vez que a FFKDA não faz nenhum tratamento de exceções, inclusive porque o Ministério do Esporte regulamenta, oficializa e acompanha muito de perto todos os procedimentos realizados na Federação Francesa. Obs: Lá não existem outras Federações, somente uma. Os representantes da JKA, vinculados ou não ao Japão como JP Fischer por exemplo também possuem sua entidade integrada dentro da FFKDA. Este contexto faz com que a Federação Francesa seja considerada por várias entidades regulamentadoras do Karatê pelo mundo, inclusive a WKF como uma das entidades mais organizadas do mundo, senão a mais organizada, realmente um modelo perfeito de transparência, seriedade, administração competente e gestão produtiva e participativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário