Não se pode fazer por fazer, temos que aprender a fazer para sermos os melhores, essa é a síntese do pensamento Francês.
Desde 2010 faço um intercâmbio anual com a França, isso me trouxe uma bagagem técnica e uma forma de ver as coisas completamente diferente de tudo que "armazenei" em mais de 30 anos de prática de Karatê. Quando estive treinando por lá em 2011 pude constatar que já estava tudo pronto para o mundial que aconteceria em 2012. Me foi apresentado todo o planejamento e passado um ano e meio, tudo correu da forma como eles esperavam.
INSEP - Instuto do Esporte - Um dos maiores centros de pesquisa e preparação desportiva do mundo
Camisas para os árbitros - prontas um ano antes
Costumes para os árbitros - preparados um ano antes
Definitivamente não é assim que se faz, precisamos agregar qualidade à tudo que fazemos e para isso precisamos aprender a, fundamentalmente, ouvir todos os participantes, pois quem faz presta um serviço e os "clientes" (atletas, técnicos e dirigentes) têm o direito a receber um serviço com qualidade e eficiência.
Visita na FFKDA em 2011 para constatar que já "estava tudo pronto"
Monsieur Didier é uma pessoa agradável, muito ativa e altamente capacitada para a função que exerce. Aí reside outro fator primordial que realmente faz a diferença - CAPACITAÇÃO, quesito que supera a vontade de ser e fazer pois dá à essa vontade de fazer as nuances necessárias para obtenção de eficiência nos resultados.
Presidente da Federação Francesa de Karatê "vestindo" a camisa do nosso clube de Karatê
Claro que diante de toda essa eficiência de gestão o nome de Francis Didier para presidir a WKF vem se consolidando naturalmente e isso será muito bom para nós por aqui, pois temos a simpatia do mesmo e principalmente, acesso ao mesmo, o que poderá nos ajudar a escrever uma história diferente para o Karatê.
"Escrever uma história diferente" foi exatamente o que esse mundial fez, a organização, volume de atividades, mais de 1000 atletas participantes e Bercy lotado fizeram toda a diferença para que o Comitê Olimpico Internacional (cujos representantes estavam presentes em todos os dias do mundial) visse no Karatê uma nova força desportiva para o "olimpismo", afastando de vez a dúvida que "mais uma luta" não seria bom para se somar aos esportes olímpicos. SIM - o Karatê passou no teste, provou que tem difusão no mundo todo, que tem uma organização impecável e que as regras vigentes privilegiam a desportividade em detrimento da simples agressão. SIM - agora somos olímpicos e estaremos presentes como esporte de demonstração apto a integrar em definitivo o programa olimpico depois das próximas olimpíadas que acontecerão aqui no Brasil. Voilá.
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